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LEGENDA DA IMAGEM 1

domingo, 5 de novembro de 2023

Destinados (Lynn Velmont) - Prólogo (Fanfic Dimitry)

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Fanfic do Dimitry, personagem do episódio especial de Halloween 2011 do jogo Amor Doce (High School life)

Autora: Lynn Velmont


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Prólogo


Foi como se eu tivesse encontrado a minha outra metade quando a vi pela primeira vez e perdido tudo de mim quando ela se foi"  

***

Sempre li muitos romances e por isso sonhava com o amor verdadeiro, mas nunca fui tola o suficiente para acreditar no dito amor à primeira vista descrito em meus livros.

A ideia fantasiosa de que duas pessoas podem se apaixonar apenas ao olhar nos olhos um do outro, a tal conexão que torna possível perceber que aquela é a sua alma gêmea.

Acho que meu ceticismo apenas deixou tudo mais mágico quando aconteceu.

Quando meus pais decidiram que era hora de me casar, eu protestei de todas as formas possíveis. Mesmo sabendo que eles não mudariam de ideia.

Essa decisão não partiu de um motivo muito nobre, precisávamos de dinheiro e meu pretendente precisava de uma esposa.

Eu sentia que estava sendo vendida e isso anulava todas as minhas esperanças em um amor real.

Que espécie de homem minimamente decente compraria uma esposa?

O pavor me dominou quando fui conhecê-lo.

Eu  sabia que ele era um jovem incompreendido, os híbridos não recebem muita simpatia neste mundo, apesar de fazerem parte da maioria da população. Também soube que tinha uma fortuna considerável e mamãe falara muito de sua boa aparência.

- Mal dá pra notar que ele é um mestiço, Lorrayne. - Dissera ela.

Como se isso devesse ser o suficiente para me fazer amá-lo. 

E meu pior pesadelo era passar a vida inteira ao lado de alguém que eu não amasse, assim como metade dos casais que conheço.

Cheguei a fazer listas de perguntas que usaria para confrontá-lo, entre elas, o que ele esperava ao comprar uma esposa. Mas tudo pareceu ser insignificante quando meu olhar cruzou com o de Dimitri Velmont.

O olhar atrevido e sorriso travesso que ensaiei tantas vezes frente ao espelho, esperando passar para ele  a mensagem de que eu não seria apenas uma bonequinha pela qual ele pagou, se perderam diante da profundeza de seus olhos dourados que pareciam ler a minha alma. A única coisa em que consegui me concentrar foi no calor que irradiava de minhas bochechas e nas batidas aceleradas de meu coração.

 E foi exatamente como eu acreditava ser impossível: Foi amor à primeira vista.

Não consegui tirar os olhos dele e sentia meu corpo inteiro ferver a cada vez que ele direcionava uma palavra à mim, perguntava minha opinião sobre algo e concentrava uma atenção quase exagerada aos meus interesses, sempre me incluindo nas conversas que minha mãe me aconselhara a não participar.

Ele me enxergava e me ouvia.

E de repente o medo de não amar o meu futuro marido desapareceu, sendo substituído por um medo similar: O de que ele não me amasse.

O que mais tarde eu descobri ser um medo tolo, pois como se já estivesse predestinado, Dimitri disse ter sentido exatamente o mesmo que eu desde o princípio.

Nossos passeios clandestinos durante a noite, as conversas politicamente corretas quando estávamos na presença dos nossos pais, nossos planos perfeitamente traçados para o futuro, os beijos e carícias roubadas, as juras de amor que nossos lençóis testemunharam mesmo antes do casamento.

Todas as lembranças me arrancaram um pequeno sorriso.

Ele não voltaria a tempo e eu sabia disso.

Mas isso também me fez sorrir, mesmo que um sorriso triste, pois ver que ele não desistiu de mim nem no último minuto me fez partir com uma triste felicidade.

Eu também não desistiria dele.

Nunca.

 E talvez por isso eu tenha sobrevivido por tanto tempo, além da energia dos elementais. Seu amor me manteve aqui o quanto pôde. E antes de perder a consciência por completo tive a certeza de que mesmo sabendo que iria morrer, se pudesse, passaria por tudo novamente.

Todas as dores, todo o sofrimento, só para ter a chance de viver com ele de novo, pois foi só nesse tempo que minha vida pareceu ter atingido o seu propósito.

***

 - Finalmente. - Dissera ela após checar meu pulso com um estranho sorriso.

 Me sinto confusa e enojada. 

Nunca imaginei que ela ficaria feliz com minha morte, nós somos amigas...

Observei tudo de longe, como o fantasma que eu era, me sentindo estranhamente pesada.

Eu não deveria estar aqui.

As almas devem ser leves e encontrar o seu caminho, então porquê eu me sinto tão presa e perdida?

- Agora posso garantir que você não volte em uma maldita encarnação nessa dimensão. O que seria impossível já que tive o cuidado de exterminar todos os humanos, mas uma boa feiticeira sempre se previne. - Disse ela passando as mãos delicadamente em todo o meu rosto e cabelo.

- O que.. - Tentei dizer, mesmo sabendo que não seria ouvida.

Ela não podia ter feito aquilo. 

Eu não queria acreditar, mas Layla estava ali, em sua voz doce, me contando cada passo friamente calculado do seu plano diabólico com um único objetivo: Ter Dimitri apenas para si.

Gritei, tentei agarrá-la e sacudi-la para que olhasse em meus olhos. O que foi em vão, pois minhas mãos passavam direto por ela.

Berrei para que ela dissesse que era mentira, que ela não tinha me enganado com uma falsa amizade por todo esse tempo enquanto também planejava minha morte, mas era tarde.

Com apenas um sorriso desdenhoso e algumas palavras que eu não conhecia, Layla abriu um portal dimensional onde estava meu espelho, e após mais algumas palavras eu fui sugada para dentro dele sendo envolta em uma forte luz branca.

 Não me sinto mais presa, mas ainda não sei o meu  caminho.

***

Eu vaguei por tantos séculos que não consegui mais contar.

Vi a evolução de um mundo igual e ao mesmo tempo diferente do meu.

Fantasmas vinham e iam para suas novas encarnações. Espíritos enlouqueciam sem conseguirem seguir seu curso e viravam entidades malignas sedentas por sangue.

Menos eu.

E nem queria, preferia ser um fantasma por toda a eternidade à reencarnar e esquecer Dimitri. Creio que a lembrança de nosso amor é a única coisa que ainda mantém a minha sanidade.

Mas também não é como se eu tivesse outra escolha.

Eu não pertenço a este lugar, como poderia me ligar a um corpo sem minha linhagem? 

Durante todos estes séculos, nunca senti nada. Um toque, calor ou frio. Apenas tristeza, nada que se referisse ao físico. Mas agora uma sensação distante e quente se apossou do vazio em meu peito.

Ouvi algo como um sussurro indecifrável. Como se estivesse sendo chamada, mesmo que não fosse o meu nome a ser pronunciado.

Virei olhando para todos os lados da rua deserta em que estava.

Aquela sensação não me era estranha e consegui identificá-la apenas no último segundo, sendo atingida pelo carrossel de lembranças de todas as minha versões antes delas finalmente se apagarem em meio à luz ofuscante, como uma folha em branco pronta para ser preenchida.

- Não.. - Arfei, mas era tarde.

Eu estava reencarnando novamente.

***


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